quinta-feira, 16 de maio de 2013

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Obesidade: mitos e fatos


Receitas e dietas para emagrecer são como o capim, estão em toda parte. Talvez não exista campo da medicina com tantos mitos e pressuposições divulgadas pelos meios de comunicação, sem evidências científicas que lhes deem suporte.
O "New England Journal of Medicine" publicou uma revisão na qual foram avaliadas as informações sobre obesidade transmitidas pela internet, imprensa escrita e literatura científica.
O estudo identificou sete mitos divulgados como verdades científicas:
1 - Pequenas reduções do aporte calórico diário ou pequenos aumentos do gasto energético provocam emagrecimento significativo mantido por períodos longos.
A sugestão de que devemos esperar grandes reduções de peso em resposta a pequenas mudanças no estilo de vida, deriva da regra das 3.500 kcal (calorias, popularmente) estabelecida há meio século, segundo a qual cada redução dessa quantidade de calorias na dieta faz perder 450 gramas de peso corpóreo.
Levantamentos recentes mostram que existe grande variabilidade individual nessa perda, porque, quando o peso cai, as necessidades energéticas básicas do organismo diminuem. Em outras palavras, quando a pessoa emagrece, a energia que o corpo precisa para funcionar em repouso também diminui.
Essa relação explica porque as dietas funcionam bem no início, mas vão perdendo a eficácia à medida que o peso diminui.
2 - Estabelecer alvos modestos, mais realistas, funcionam melhor do que pretensões de perder muitos quilos.
Embora evitar a frustração por haver fracassado em atingir metas de emagrecimento mais ambiciosas tenha certa lógica, as evidências científicas apontam na direção oposta: programas que propõem perdas substanciais apresentam resultados melhores.
3 - Emagrecimento rápido e acentuado está mais associado ao efeito sanfona do que o lento e gradual.
Nos estudos clínicos, o emagrecimento rápido tem sido associado à manutenção do peso mais baixo por tempo mais prolongado.
Embora não esteja claro por que algumas pessoas obesas têm uma perda inicial mais rápida do que outras, recomendar pequenas reduções mais lentas pode comprometer o sucesso do tratamento.
4 - Nos programas de emagrecimento, é importante que um profissional avalie periodicamente a dieta ingerida.
Cinco estudos envolvendo 3.910 pessoas submetidas à reeducação alimentar que tiveram suas dietas avaliadas em intervalos regulares não mostraram benefícios desse cuidado. Quem entra voluntariamente num programa para perder peso, de modo geral está minimamente disposto a mudar a dieta.
5 - Aulas de educação física nas escolas contribuem para combater a obesidade infantil.
As aulas convencionais não produzem gasto energético suficiente e continuado para evitar a obesidade.
6 - A amamentação protege contra a obesidade.
Um estudo conduzido com 13 mil crianças acompanhadas por mais de seis anos não encontrou evidências de que crianças amamentadas no seio materno engordem menos.
7 - A atividade sexual queima até 300 calorias.
Nas fases de excitação e orgasmo, um homem de 70 kg queima cerca de 3,5 calorias por minuto. Como a média de duração de uma relação sexual é de 6 minutos, o total consumido seria de 21 calorias. Se estivesse no sofá assistindo à televisão nesse período, ele teria gasto 7 calorias.
Agora, vamos aos fatos:
1 - Embora fatores genéticos tenham papel importante na obesidade, hereditariedade não é destino.
2 - Mudanças no estilo de vida são mais eficazes do que os remédios para emagrecer.
3 - Dietas ajudam a perder peso, mas não é fácil mantê-las por longos períodos.
4 - Independentemente do emagrecimento, qualquer aumento da atividade física faz bem para o organismo.
5 - Manter no dia a dia as mesmas condições que provocaram perda de peso colaboram para a manutenção da perda.
6 - Crianças obesas se beneficiam de programas que envolvem a família inteira.
7 - A substituição de refeições por produtos dietéticos com baixo teor calórico colabora para a perda de peso.
8 - Alguns medicamentos ajudam a perder peso e a mantê-lo mais baixo, mas apenas enquanto estão sendo utilizados.
9 - Em casos selecionados, a cirurgia bariátrica provoca emagrecimento duradouro, reduz a incidência de diabetes e a mortalidade.
Drauzio Varella
Drauzio Varella é médico cancerologista. Por 20 anos dirigiu o serviço de Imunologia do Hospital do Câncer. Foi um dos pioneiros no tratamento da Aids no Brasil e do trabalho em presídios, ao qual se dedica ainda hoje. É autor do livro "Estação Carandiru" (Companhia das Letras). Escreve aos sábados, a cada duas semanas, na versão impressa de "Ilustrada".

    segundo leitura base.

    Obesidade infantil ligada a mais problemas do que pensávamos

    Pesquisa publicada na revista Pediatrics mostrou que quanto mais obesa a criança, maior o seu risco de apresentar problemas de saúde


    Segundo os pesquisadores da UCLA, as mudanças em curso nas condições crônicas da infância estão relacionadas com décadas de mudanças nos ambientes físico e social em que vivem as crianças, que modificaram a forma de brincar e aprender. Os estudiosos sugerem que os esforços para prevenção da obesidade devem levar em conta essas influências sociais e ambientais.
    Obesidade e suas consequências
    Enquanto a nova pesquisa apoia estudos menores que relacionam a obesidade infantil a outros problemas de saúde, ela não estabelece causalidade entre uma coisa e outra: a obesidade é o fator que contribui para o surgimento destes problemas ou são estas condições que predispõem as crianças à obesidade?
    Segundo Neal Halfon, um dos autores do estudo, "podemos presumir que algumas das associações provavelmente têm relações temporais ou causais, mas nossos dados não podem fazer uma afirmação definitiva a esse respeito".
    Alguns dos problemas de saúde relatados pelos pais aos pesquisadores podem estar diretamente relacionados à obesidade, tais como diabetes e dores de cabeça frequentes e graves, doenças que melhoraram o seu prognóstico quando os pacientes perdem peso. Para outros problemas, como a depressão, a causalidade poderia funcionar nos dois sentidos: a depressão pode influenciar os padrões alimentares, mas o ganho de peso também pode levar à depressão.
    Diante de tantas informações trazidas pelo estudo, “a mensagem para os pais e profissionais de saúde é clara: crianças obesas têm um risco maior de muitos problemas de saúde, por isto a doença precisa ser tratada sempre, por mais difícil ou desafiador que isto possa parecer. O excesso de peso não é apenas um transtorno estético. A obesidade afeta todos os órgãos do corpo, provocando consequências físicas e emocionais. Estamos diante de um grave problema social e de saúde", defende o pediatra.

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